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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Análise do Card do BFG'16



Bom dia, boa tarde e boa noite, ou sei lá a que horas você está visualizando esta postagem. Começando os trabalhos na página onde teremos o foco de postar um conteúdo mais sério, com credibilidade e informativo. Hoje irei falar um pouco da TNA, mais especificamente sobre o card do Bound For Glory deste ano, que irá ocorrer no dia dois de outubro, e sobre suas respectivas storylines e também sobre mais alguns detalhes que sejam relevantes para o tópico.

Até o momento em que faço esta postagem foram anunciadas sete lutas e tentarei explicar cada uma de forma prática.

Veja o resto da coluna na continuação...



Bobby Lashley irá defender o TNA WHC contra EC3 e a estipulação será definida na próxima quinta-feira; tudo indica que será uma No Holds Barred ou algo similar. Qual é a ideia para esta luta? Bobby Lashley é um lutador que foi feito para ter uma gimmick de monstro, aquele lutador que põe medo quando está no ringue (algo parecido com Brock Lesnar por exemplo). O reinado de Lashley foi basicamente isso, destruiu todo mundo que esteve em sua frente, venceu tudo e todos e inclusive venceu o X-Division Title e o KOTM Title. A ideia é que quem vencer ele no BFG, que é o maior evento da empresa, seja promovido de uma forma sem precedentes; e a ideia, nesse caso, é transformar EC3, que deve vencer a luta, de vez no Top Guy da empresa, o que ele já praticamente é, e assim se fixar mais ainda como a face da companhia.



O X-Division Title é um título bosta, pois é feito apenas para a galerinha do high spot, ou seja, é um título que promove ninguém, quem entra na divisão, morre lá. E o KOTM Title era outra merda, um título com nome de estipulação de luta e que a luta em si não tem nenhum sentido; o título só foi criado por causa da parceria com Jeff Jarrett. Então quando fizeram Lashley vencer ambos os títulos, achei que finalmente iriam criar um título de credibilidade para o Mid Card, iriam finalmente pôr o “TNA US Title” em jogo, mas não foi isso o que ocorreu. Ao invés disso, apenas desativaram o KOTM Title - o que já estava mais que na hora - e criaram um outro título, o “Impact Grand Championship”, que hoje está se mostrando como um grande acerto da empresa, mas na época eu não via com bons olhos e é algo que me surpreendeu e continua a me surpreender. Nem sempre aquela ideia que você tem na cabeça e que acha que vai ser o melhor booking do mundo, necessariamente vai dar certo e esse título vem dando muito certo.



É um título onde as lutas são divididas em rounds decidido por pontos, mas pode acabar por pinfall ou submission, um conceito já aplicado por empresas no passado (World of Sport por exemplo) e que também faz lembrar do MMA graças ao formato de pontuação (adotado do Boxe). No Pro-Wrestling, como citado acima, já foi feito, mas há muito tempo, e hoje em dia é uma jogada arriscada, entretanto a empresa soube fazer dar certo por agora e estão de parabéns. Ainda mais que eles colocaram dois nomes de peso para promover o título, os quais são Drew Galloway e Aron Rex, ambos irão se enfrentar no BFG.



O X-Division acabou apenas ficando vago, o que foi uma péssima jogada. Era o momento de se desfazer do título de uma vez por todas, poderiam aproveitar todo mundo e pôr na Tag Team Division, divisão da TNA que vem se recuperando e crescendo bastante, uma ação como essa com certeza iria dar uma maior força. Alguns poderiam até ficar na Grand Division.



Agora vamos ao TNA KO Women’s Title. A ideia do título é deixar Maria com heat extremo de todos os lados. Maria passou o ano inteiro prejudicando Gail Kim, que é over, e perto do evento ela venceu o título. A ideia é fazer Gail Kim vencer o título, principalmente porque ela entrou no HOF da empresa esse ano; e é algo que todo mundo quer vê, não só por ela, mas por quê agora está todo mundo querendo ver Maria recebendo o que merece no evento frente a Gail Kim. Mesmo Maria não sendo uma exímia lutadora, se ela aplicar três moves durante a luta toda, não há problema, o fator storyline está pesando mais nesse caso. É claro que a ideia inicialmente era para ser com Sienna, pelo mesmo caso de Bobby Lashley, ser uma lutadora que vem derrubando todo mundo, aquela gimmick que impõe medo nas adversárias e Gail Kim seria quem iria conseguir derrubá-la no PPV, mas no processo acabaram desistindo, já que ela ainda precisa firmar seu nome na empresa melhor.



É claro que há controvérsias acerca dessa storyline; poderiam realmente ter continuando com Sienna, até porque o lugar dela crescer e se firmar seria nessa construção do BFG e se concretizando lá, que é o maior evento, podiam promove-la durante o ano de inúmeras maneiras através do booking, Ou até, se tivessem introduzido Allie de outra forma, poderiam colocar ela contra Gail Kim. Tanto Allie quanto Sienna tem muito mais talento que Maria e iriam agregar muito mais valor a longo prazo. Allie apenas com um personagem que é assistente de Maria, vem conseguindo ficar bastante over com o público. Acho que está mais do que na hora da TNA começar a pensar duas vezes acerca desse personagem; após o BFG poderiam começar a fazer a mudança de Valet para Wrestler, claro que seria uma mudança lenta e gradual, mas a longo prazo valeria muito a pena.



Vamos a outra luta do card agora: Moose vs Mike Bennett. Bem, a TNA, diferente da WWE, o que acho muito bom, faz com que nenhum lutador ganhe um título "rápido". Qualquer lutador que é contratado pela empresa, trabalha por alguns meses antes de vencer algum título. E é isso que ocorreu com Moose, ele está sendo trabalhado, até para ser reconhecido melhor pelo público mainstream. Mike Bennett está na TNA desde o início do ano com essa gimmick “Miracle” - e que até hoje ninguém sabe que milagre é esse -, muito malfeita, mas que, apesar de tudo, a TNA vem sabendo booka-lo de forma eficaz para, pelo menos, passar a ideia de que ele é um bom wrestler. Vem fazendo um bom trabalho como heel. Moose com essa mini-feud e mais os confrontos com Bobby Lashley de vez em quando no main event, vem sendo mais que o necessário para ser bem promovido no BFG, onde provavelmente ele irá vencer. Eu me arrisco em dizer que Moose deva vencer o TNA WHC em 2017, ainda no primeiro semestre.



Ainda tem mais duas lutas aleatórias, que é o X-Division, a qual é a mesma coisa de sempre; um título que não promove ninguém, está ali só por estar e só. E a “10-Man Bound For Gold Gauntlet Match”, que é um tipo de luta que a TNA começou a realizar desde o ano passado, tem uma certa importância, pois o vencedor poderá escolher qualquer título para disputar. Dos que foram anunciados até agora para essa luta, não vejo ninguém com potencial imediato para disputar o WHC. Inclusive, dois deles estão debutando, servem apenas se forem escolher títulos menores. Tyrus é o único ali que se vencer, eventualmente pode escolher o WHC sem problema algum, ele venceu o do ano passado e já seria credível o suficiente. Entretanto se Tyrus vencer (ou qualquer outro), será para perder para EC3 e dar credibilidade ao reinado dele. É claro que falta anunciar mais alguns para a luta.



E finalmente, a última luta anunciada. Essa luta é a pelo TNA World Tag Team Title. É um tipo de luta que está totalmente imprevisível, algo que a TNA vem conseguindo fazer muito bem ao longo do tempo. Uma storyline de longo prazo. A storyline dos Hardys começou a ser construída desde o BFG do ano passado e desde lá Matt Hardy passou por diversas gimmicks até chegar a de Broken Matt, e o mesmo se encontra muito over nesta. É dessa storyline que veio o Final Deletion e o “DeleteOrDecay”, eventos os quais têm as maiores audiências da empresa no ano.



Por toda essas storylines que os Hardys passaram feudando um contra o outro e agora como partners, onde Matt está ensinando Jeff a parar com a mania de ser spot-monkey - como no infame episódio do zoológico onde Matt dá o nome de todos os integrantes da X-Division aos macacos. - Eu diria que eles venceriam para concretizar de vez a nova fase deles. Essa storyline está apenas começando, apesar de fazer quase um ano de seu real início.



A Decay também vem com tudo. Principalmente depois que Rosemary estreou na empresa neste ano e conseguiu dar uma alavancada na stable e, após algumas feuds, eles venceram o título e vêm tendo um excelente reinado. Vem se apresentando como uma das melhores Stables dos últimos anos, inclusive. Não dá para saber quem vai sair campeão, mas algo é certo, a luta do BFG com certeza vai ser algo, no mínimo, memorável.

Então, é isso o que eu vos apresento para o começo. Uma coluna leve (ou nem tanto, dependendo do seu interesse) apenas para começar a movimentar a página e apresentar como será, mais ou menos, uma das propostas dela, porém, não se engane; não só de artigos de opinião viverá a WiW, afinal, a nossa ideia principal é informar e conscientizar sobre a importância artística que existe no Pro Wrestling. Isso é apenas um começo

Abraços,

LukeThePropa
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E com contribuição intelectual de Matheus Ferreira